por Letícia Tristão – CBN Maringá
Como algumas empresas conseguiram reinventar seus negócios e driblar a crise econômica instaurada pela pandemia?
Baixado o decreto de medidas restritivas contra o coronavírus, e logo a primeira medida dava um soco no estômago de alguns empresários, principalmente dos setores econômicos como comércio, eventos, restaurantes… Atividades que lidavam com grande quantidade de público, se viram encurralados e precisaram fechar as portas, às pressas, por causa de um inimigo invisível que, após um ano de pandemia, ainda tira vida de milhares de pessoas todos os dias.
Diante do cenário sem precedentes, a alternativa foi tentar adaptar os negócios. Um mercado que ganhou espaço e demanda: os motoboys.
Há alguns meses, pensar em comercializar determinados tipos produtos por delivery não era comum. Padarias, supermercados, farmácias… Poderia ser algo imaginável, até possível de encontrar em alguns casos, mas não era o cotidiano. Mas com a chegada abrupta da pandemia, as empresas precisaram encontrar novas saídas para manter o negócio ativo e fazer dinheiro. Independentemente do tipo de negócio.
Hoje pode parecer comum abrir o aplicativo de delivery e encontrar diversas sorveterias. Entrega por kilo, por pote, combo com muitos picolés… Mas há alguns meses, era algo raro.
Uma sorveteria de rede, localizada na Avenida Mandacaru em Maringá, foi um caso de sucesso durante a pandemia.
Sem poder receber os clientes, a única alternativa era adaptar a entrega de sorvetes na casa dele. O gerente da sorveteria, Haroldo Ferreira, explica que a adaptação foi pensada para levar a experiência do cliente no local, também via delivery.
E foi assim que hoje a sorveteria dobrou as vendas aos fins de semana e precisou até contratar uma empresa de entregas terceirizada, porque somente o trabalho feito pelos entregadores por aplicativos, não dava conta da demanda.
O setor de eventos foi um dos mais impactados pela pandemia. Como se faz eventos sem aglomeração? A alternativa foram os eventos online.
Logo no início da pandemia, um bombardeio de lives invadiu a internet. Mas para os empresários que locam equipamentos para eventos, a oportunidade foi montar um estúdio onde artistas, empresas e até instituições de ensino pudessem realizar eventos. Foi o caso da empresa do Valmir Candiani.
Segundo ele, o faturamento da empresa caiu 50% em 2020, mas, sobreviveram. E a perspectiva não é de uma retomada breve para os eventos, e mesmo quando retornarem, o formato online deve continuar.
A análise do economista João Adolfo Colombo é que alguns setores foram brutalmente atingidos pela pandemia, caso dos empresários do turismo, por exemplo. Mas alguns setores conseguiram se sair bem e até crescer durante essa crise, caso dos empresários que lidam direta ou indiretamente com o setor do agronegócio.
Segundo ele, a luz no fim do túnel para a economia só vai ser vista quando a população for totalmente vacinada.