Paulo Skaf afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN, que a campanha de imunização será centralizada pelo Ministério da Saúde, com sempre ocorreu, e que o setor privado não poderá adquirir doses para imunizar os próprios trabalhadores.
Vacina é a principal aposta no combate ao coronavírus. Foto: Tânia Rego / Agência Brasil
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou, ao Jornal da CBN, que o setor privado não poderá adquirir vacinas para imunizar os próprios funcionários. A medida foi confirmada, nesta quarta-feira, por representantes do governo federal em reunião com empresários. Ele destacou que toda a campanha de vacinação será centralizada pelo Ministério da Saúde.
“Uma empresa, que tenha 100 mil funcionários, se ela quiser ir ao mercado e comprar a vacina e vacinar seus funcionários, não, não pode. A campanha de vacinação seria uma campanha orientada pelo governo federal, pelo Ministério da Saúde, que iriam adquirir as vacinas que estiverem aprovadas pela Anvisa e distribuídas para os estados usando todo o conhecimento e vocação que têm das grandes campanhas de vacinação que a gente faz todos os anos. Essa possibilidade, então, foi negada, e, no momento, não existe”, afirmou Skaf.
Segundo ele, o país tem dinheiro, logística e estrutura para vacinação. O que falta é a vacina. “O problema é ter a vacina, o resto está fácil para resolver”, declarou. Paulo Skaf disse que o encontro desta quarta foi para se posicionar e oferecer ajuda. Ele acrescentou que o grupo saiu da reunião bem mais informado do que entrou e “mais tranquilo”.
O presidente da Fiesp também falou sobre o encerramento das atividades da Ford do Brasil. Ele destacou três pontos que motivaram a saída da montadora: uma decisão empresarial, a pandemia e o “custo-Brasil”.
“A gente precisa, realmente, simplificar a vida de quem produz e trabalha no Brasil, Veja que, numa situação dessas, o governo de São Paulo aumenta o ICMS, de carros inclusive, novos e usados. Aumenta de agulhas e seringas, de alimentos, de remédios. Sendo que a arrecadação do estado de São Paulo do ano passado aumentou. De janeiro a novembro, foi R$ 235 bilhões, contra R$ 229 de janeiro a novembro do ano anterior”, ressalta.
Skaf disse ainda que a Fiesp vai ajudar na requalificação dos profissionais que serão dispensados da Ford.
Matéria veiculada pela CBN.