23/09/2023
Dia do Sorvete: veja como a tecnologia se tornou uma aliada à sobremesa 🍦
Para celebrar o Dia do Sorvete, conheça as tecnologias que têm inovado a fabricação e venda da sobremesa.
Quando o clima quente chega, um dos meios mais deliciosos para se refrescar é o sorvete, sobremesa apreciada em todo o Brasil. Só no ano passado, mais de 1 milhão de litros de sorvete foram consumidos no país, segundo a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS). Como uma das chaves para manter o crescimento de um negócio é investir em tecnologia e inovação, o setor tem se reinventado ao seguir tendências de digitalização e automação, além de aplicar métodos de fabricação diferenciados para ofertar produtos mais atrativos para o público.
Um levantamento do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), compilou dados e informações das principais tendências da área. Para celebrar o Dia do Sorvete, conheça as tecnologias que têm revolucionado a fabricação e venda da sobremesa.
Transformação digital e automação do setor
As informações compiladas pelo Observatório da CNI destacam a conectividade digital como foco principal das empresas. A possibilidade de monitoramento remoto e em tempo real é uma maneira de acompanhar e manter o padrão de qualidade das sobremesas. No campo da automação, os robôs colaborativos são a melhor alternativa para realizar funções mais pesadas ou repetitivas, como o enchimento de casquinas e copos, por exemplo.
Há também inovações técnicas transformadoras. Alguns exemplos são os sabores microencapsulados, normalmente misturados à base do sorvete para ampliar a experiência gustativa; ultra homogeneização de alta pressão para aumentar a percepção de cremosidade e a estabilidade do produto; e fluidos criogênicos aplicados para alcançar formatos diferenciados ou texturas mais macias e lisas.
“Com as tecnologias da indústria 4.0 as empresas terão mais informação da linha de produção, o que permitirá tomadas de decisão mais assertivas para alcançar os indicadores ideais de qualidade, consistência e segurança. Além disso, a adoção das tecnologias de automação e digitalização impulsiona a inovação e a competitividade no mercado nacional da sorvetes, sem esquecer dos benefícios criados indiretamente para a agenda ESG”, explica o especialista de desenvolvimento industrial do Observatório, Juliano Sebben.
Útil para as fábricas, atrativo para o público
Fora o aprimoramento de processos, os recursos industriais também podem ser utilizados como um atrativo diferencial para os consumidores. A partir dessa ideia, em 2019 os sócios Guilherme Menegaço, Caio Junqueira e Roberto de Mello decidiram criar a Roboteria, a primeira sorveteria do Brasil com atendimento feito exclusivamente por um robô — conhecido como Icebot. A primeira loja foi inaugurada em Santa Catarina e, atualmente, está presente em outros cinco estados brasileiros.
A experiência na loja funciona da seguinte maneira: primeiro, o cliente faz o pedido em um totem de autoatendimento, no qual pode escolher tamanho, calda e cobertura. Logo após o pagamento, o Icebot já começa a preparar o pedido. Com a sobremesa pronta, o robô coloca o produto na bancada, toca um sino para avisar que a retirada já pode ser feita e, para finalizar, se despede com um aceno.
“Como trabalhávamos na indústria, sabíamos que as pessoas curtiam muito ver robôs funcionado. Notávamos o empolgamento e o brilho nos olhos. Então, vimos que precisávamos levar esse encantamento para um público maior, e a recepção foi ótima”, conta o cofundador Guilherme Menegaço.
Mercado de sorvete
Segundo a ABIS, o setor de sorvetes movimentou mais de R$ 14 bilhões no ano passado, com mais de 11 mil empresas ligadas ao ramo. Internacionalmente, o retorno financeiro também é constante. A companhia de consultoria Fortune Business Insights apontou que, entre 2022 e 2029, o mercado global de sorvetes deverá crescer de US$ 73,61 bilhões para US$ 104,96 bilhões, com uma taxa de progresso anual de 5,20%.