Do café ao sorvete, passando pela batata-frita e por pratos ‘esquisitões’, conheça seis museus pelo mundo que têm a comida como protagonista

A comida não cumpre apenas a função de saciar a fome e manter o equilíbrio nutricional do organismo. Ela também é um importante exemplar da cultura de um povo, trazendo consigo hábitos, costumes e modos de viver de uma época. Por isso, merece ter sua memória reverenciada. No mundo, há diversos museus que tem a comida como protagonista, e a reportagem selecionou alguns deles para saciar a sua fome por curiosidade.

Cidade da gastronomia

Verdadeiro complexo dedicado à memória culinária da França, a Cidade da Gastronomia (La Cité de la Gastronomie) foi inaugurada em Lyon em outubro do ano passado, ocupando a parte mais antiga do icônico Grand Hotel-Dieu, hospital fundado às margens do Rhône em 1443. Além de apresentar as delícias da gastronomia francesa, o local também nutre o visitante com informações relacionadas à saúde, ao bem-estar e ao lifestyle dos franceses, que tem como premissa o “comer bem”.

Em um dos salões da Cidade da Gastronomia, dedicado aos banquetes, o chef Paul Bocuse (1926-2018), grande nome da cozinha de Lyon, é uma das personalidades gastronômicas retratadas, além de receitas históricas preparadas por cozinheiros domésticos e restaurantes. Há uma exposição permanente sobre dieta e saúde, espaço para a realização de cursos e coworking, instalação interativa sobre os ciclos alimentares e, claro, área para degustação.

A história do café

Uma das bebidas mais populares da cultura brasileira, o café tem um museu só seu na cidade de Santos. Inaugurado em 1998, no palácio da antiga Bolsa Oficial de Café (1922), o Museu do Café apresenta a evolução da cafeicultura no Brasil por meio de objetos, documentos e recursos audiovisuais.

Fechado para visitas devido à pandemia do novo coronavírus, o Museu do Café oferece, em seu site oficial, a exposição virtual “Calixto: discurso do progresso e identidade paulista”. A exposição tem como foco as obras “Porto de Santos em 1822”, “Porto de Santos em 1922” e “A Fundação da Villa de Santos”, telas do pintor Benedicto Calixto. Exploradas individualmente e enquanto conjunto, as pinturas e o contexto histórico do período são analisados por meio de diversas perspectivas.

Memória na casquinha

No Brasil e nos Estados Unidos, há espaços dedicados ao sorvete. Apesar de serem denominados como museus, eles funcionam mais como uma galeria, reunindo exposições inspiradas nessa popular sobremesa gelada. No Museum of Ice Cream (Moic), em São Francisco e Nova York, os apaixonados por selfies podem se deleitar em diversos espaços “instagramáveis”. Entre as atrações está uma gigantesca piscina de chocolate granulado.

Em Salvador (BA), o histórico prédio do Solar Amado Bahia, na Orla da Ribeira, passou a abrigar, no ano passado, um museu do sorvete, além de uma sorveteria e um espaço cultural. Fruto do investimento de um empresário do ramo de sorveterias, o espaço passou a se chamar Solar Amado Bahia Museu do Sorvete. O visitante tem contato com informações histórias e áreas lúdicas inspiradas no sorvete, que também servem de cenário para selfies.

Museu da Batata-frita

Muitos relacionam a batata-frita à gastronomia francesa, principalmente por causa de seu nome em inglês (french fries). Mas para os belgas não é bem assim. Tanto que a cidade de Bruges abriga o Frietmuseum. No local, além de poder saborear o tubérculo nos tradicionais palitinhos crocantes, o visitante conhece a real história desse popular petisco e entra no clima animado das instalações e obras expostas.

Comidas esquisitas

Quando o assunto é museu de comida, o mais popular é, com certeza, o Disgusting Food Museum. Em português, a palavra “disgusting” significa “nojento”. Tudo bem que o visitante poderá sentir nojo de algum prato exótico que integra o acervo desse museu, que conta com unidades em Malmo (Suécia) e Las Vegas (EUA), mas tal prato foi saboreado por alguém alguma vez na vida. Entre as 80 comidas mais “nojentas” apresentadas pelo museu estão cabeça de coelho picante, arenque fermentado e coalhada de feijão.

Fonte: Site Diário da Região

 

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